Avaliação Audiológica Infantil
É a observação das respostas comportamentais da criança a estímulos acústicos em uma situação controlada.
Esta avaliação não deve estar somente presa à obtenção dos limiares auditivos, deve ser um processo mais amplo onde se observa a criança, sua audição e seu comportamento frente ao mundo sonoro.
A avaliação audiológica na criança é composta pelos seguintes testes:
Esta avaliação não deve estar somente presa à obtenção dos limiares auditivos, deve ser um processo mais amplo onde se observa a criança, sua audição e seu comportamento frente ao mundo sonoro.
A avaliação audiológica na criança é composta pelos seguintes testes:
- Triagem Auditiva Neonatal - A perda auditiva pode ser prevenida ou minimizada, mas, somente se a condição for detectada nos primeiros meses de vida. Identificar a perda auditiva é tão importante que muitos hospitais realizam triagens auditivas em todos os recém-nascidos. Estes testes são rápidos e muitos bebês dormem durante sua realização. A triagem hospitalar ajuda a identificar os bebês que necessitam de avaliações auditivas - cerca de 1 entre 10 que falham na triagem terão uma perda auditiva permanente. Diagnosticar a perda auditiva o mais rápido possível significa menor atraso no aprendizado do som da voz da mãe e no aprendizado das primeiras lições importantes sobre fala e linguagem.
- Emissão Otoacústica - é um teste de audição objetivo e indolor realizado nos hospitais para detecção de uma possível perda auditiva. Quando um som é detectado as células ciliadas externas na cóclea respondem emitindo uma pequena resposta acústica. As EOAs detectam estes sons. Quando as emissões otoacústicas são detectadas isso significa que tudo, ou ao menos uma parte, da cóclea e da orelha média estão funcionando.
- BERA - ou Audiometria de Tronco Cerebral ou Potencial Evocado Auditivo também é uma triagem realizada no hospital em recém-nascidos para detectar a perda auditiva. O sistema nervoso responde enquanto o sinal elétrico se move do nervo auditivo ao córtex cerebral. Estas respostas podem ser detectadas, em um equipamento especial, na forma de ondas geradas eletricamente, similares a um eletrocardiograma (coração). Nós ouvimos com o nosso cérebro. As ondas cerebrais geradas pelo som são previsíveis em pessoas com audição normal. A triagem auditiva utilizada no equipamento do BERA apresenta na orelha do recém-nascido uma intensidade que resultará em uma onda cerebral identificável por um recém nascido com audição normal. Se não houver onda detectável, então a criança pode ter uma perda auditiva. Existem outras razões para a resposta cerebral não aparecer, e somente uma avaliação completa irá determinar se a perda auditiva é a causa.
- Timpanometria - é um teste que avalia o conduto auditivo e a membrana auditiva do da criança de forma rápida. Este teste envia uma pressão de ar e um som mínimo dentro da orelha da criança. Se a membrana timpânica não se mover, pode haver uma infecção ou um fluido atrás dela. Este teste pode determinar também se há alguma perfuração na membrana timpânica. Qualquer um destes achados podem indicar uma perda auditiva condutiva. Uma criança pode ter uma audição normal e mesmo assim ter problemas na orelha média. Além disso, crianças novas tendem a apresentar fluido e infecções de orelha, o que pode afetar sua audição. Crianças com perda auditiva neurossensorial permanente podem também apresentar flutuções adicionais ou perda auditiva condutiva temporária devido às condições da orelha média.
- Audiometria de Reforço Visual (VRA) - nesse teste os sons são apresentados através de auto-falantes ou fones e a criança (5 meses - 3 anos) é treinada a mover sua cabeça em direção ao lado (direito/esquerdo) em que o som que foi detectado. Cada vez que a criança move a recompensa (como uma luz ou um boneco que se movimenta) é ativada pelo fonoaudiólogo. Se o teste é realizado com auto-falantes a resposta da criança reflete a audição nas duas orelhas. Respostas individuais das orelhas podem ser obtidas com a utilização de fones.
- Audiometria de Observação Comportamental - os sons são apresentados à criança e as respostas são observadas, por exemplo, levar um susto, parar de mamar ou virar a cabeça (até 5-6 meses). Não são obtidas respostas de cada orelha individualmente.
- Audiometria Condicionada - é uma avaliação fácil, nos moldes de um jogo para crianças entre 3-5 anos. Os sons são apresentados através de um auto-falante ou pelo fone. A criança é treinada a colocar um bloco dentro de um balde ou empilhar anéis sempre que detectar um som. Cada orelha é testada separadamente quando o fone é utilizado.
- Audiometria Convencional - A maioria das crianças acima de 5 anos de idade podem responder aos sons apertando um botão ou levantando a mão. Neste exame os sons são apresentados através de fones. Cada orelha é testada individualmente.