segunda-feira, 11 de março de 2013

A Insignia da Fonoaudiologia


Insígnia da Fonoaudiologia


INSÍGNIA: À BUSCA DA IDENTIDADE

O CREFONO1 resgatou a história da insígnia de nossa profissão, partindo de dados levantados junto aos profissionais, documentos, convites e anéis de formatura. Um documentário rico e interessante que traz a magia da mitologia para a representação profissional, nos reportando à gloria e orgulho de ser fonoaudiólogo.

A INSÍGNIA
A insígnia da Fonoaudiologia foi criada entre as décadas de 1940 e 1950. Embora não tenham sido encontrados registros oficiais, documentos que compõem a série histórica da Fonoaudiologia a catalogam, desde a época de sua criação até os dias de hoje. A insígnia é representada pelo bastão e a serpente, pela pena e pelos ramos de café.

O BASTÃO E A SERPENTE
O bastão e a serpente, símbolos de diversas profissões de saúde, foram inspirados em Asclépio, a quem foi dado o poder da cura. Asclépio era filho de Apolo e Coronis tornando-se discípulo de Quiron, que lhe ensinou sobre a cura através das plantas, banhos, terapias, jogos, músicas e dramatizações. Após ter sido fulminado com um raio por Zeus, por ter ousado ressuscitar os mortos, Asclépio passou a ser cultuado, por gregos e romanos como o “deus da cura”. Em várias esculturas gregas e romanas e em descrições de textos clássicos, Asclépio é sempre representado segurando um bastão com uma serpente em volta.
A serpente, em amarelo, representa a prudência, a vigilância, a sabedoria, a vitalidade, o poder de regeneração e preservação da saúde. O bastão, em marrom, simboliza os segredos da vida terrena, o auxílio e suporte da assistência à saúde e o poder da ressurreição. A origem vegetal do bastão representa as forças da natureza e as virtudes curativas das plantas. Hoje, o bastão e a serpente têm sido utilizados por muitas profissões de saúde como forma de simbolizar o desejo pela manutenção, restabelecimento da saúde e da cura para os problemas de saúde física e mental.

A PENA
A pena, em cor branco rajado, representa o meio de comunicação humana mais primitivo e importante na história da civilização, desde os primórdios até a Idade Média.
A comunicação escrita foi criada por Toth, venerado e transformado em deus criador pelos antigos egípcios, desde que trouxera o uso da escrita hieroglífica, da alquimia, da matemática, da medicina, da arquitetura, da magia, enfim, a base de todas as ciências que levaram os egípcios a um altíssimo nível de conhecimento. Toth era o deus da Lua, da sabedoria, o medidor do tempo, e o inventor do sistema de escrita, criador dos hieróglifos e do sistema de numeração. Segundo Platão, Toth, também chamado por muitos de Hermes, foi o pai das letras, da geometria, revelador do uso dos números e da astronomia. Deixou mais de dois mil livros escritos, quase todos destruídos quando do incêndio da Biblioteca de Alexandria. Segundo a antiga tradição egípcia, Toth era a mente e a palavra falada de RA, deus egípcio, criador do universo. A palavra constituía o poder com que RA objetivava suas idéias, através de Toth, considerado o deus protetor de todas as artes, ciências, e produções intelectuais. Foi ele o responsável por transmitir o alto conhecimento da civilização que morria para a nova que nascia. Toth era poderoso em conhecimento e em discurso divino. Foi o inventor da linguagem escrita (hieroglifos) e falada. Como o Senhor dos Livros, era o escriba dos deuses e patrono de todos os escribas. Ele representa, portanto, a Sabedoria como a mais alta função da nossa mente. É o guardião postado entre os reinos racional e o intuitivo, permitindo a expressão articulada da intuição, mostrando o caminho além das limitações do pensamento.
Por volta de 300 anos a.C., apareceu a primeira caneta feita com junco ou bambu, cuja ponta era talhada fina e embevecida em tinta retirada de plantas. Na Idade Média, surgiu a caneta feita por uma imensa pena de pássaro, onde o bico da pena era imerso em tinta. Os primeiros livros escritos na Europa foram de bico de pena. Assim, tanto a comunicação à distância quanto os documentos e livros históricos e literários tiveram seus registros, até a contemporaneidade, graças à comunicação escrita à pena.

OS RAMOS DE CAFÉ
O ramo de café acrescentado à insígnia dá o toque final da simbologia nacional. Presente no Brasão da República, o ramo de café simboliza a riqueza nacional que marcou a economia brasileira à época do Segundo Reinado e início da República.
Como podemos constatar, a insígnia foi cuidadosamente elaborada e concede à Fonoaudiologia um dos mais belos e significativos símbolos profissionais. Lamentamos o pouco valor dado à insígnia de nossa profissão e a seus autores, desconhecidos até a presente data. Por esse motivo, o CREFONO1 abraçou a iniciativa de resgatá-la e reconstruí-la.

quinta-feira, 7 de março de 2013

Como funciona o implante coclear

O que é um implante de cóclea?

Um implante coclear é um dispositivo eletrônico que permite que muitas pessoas que sofreram perda auditiva ouçam melhor. E para muitos que nunca ouviram antes, ele permite a primeira experiência com a audição. É diferente e mais eficiente que um aparelho auditivo, que apenas amplifica a entrada do som tornando-o alto o suficiente para que seja processado pelo ouvido comprometido o ouça.
Usando uma tecnologia de ponta, o implante coclear ignora a parte danificada do ouvido e envia os sinais elétricos diretamente ao cérebro, por meio do nervo auditivo. Este tipo de implante é atualmente a única tecnologia médica capaz de restaurar funcionalmente um dos cinco sentidos, e é por isso que muitos médicos se referem a ele como “milagres tecnológicos”.

Como funciona um implante coclear?

O implante coclear possui dois componentes principais. O externo, que é chamado de processador do som e pode ser usado na parte externa da orelha ou no corpo. Ele captura o som com um microfone e o processa em informações digitais, que são transmitidas para um implante sob a sua pele.O componente interno é um implante com uma matriz de eletrodos. Ele converte as informações digitais do processador de som em sinais elétricos e os transmite para uma matriz de eletrodos. Essa matriz estimula o nervo auditivo, que então envia sinais para o cérebro, onde são interpretados como os sons.     




Audição com o implante coclear



  • O som é capturado por um microfone no processador de som.
  • O processador converte o som em informações digitais detalhadas.
  • A antena envia os sinais digitais ao implante.
  • A matriz de eletrodos no implante envia sinais elétricos para o nervo auditivo.
  • O nervo auditivo envia os impulsos ao cérebro, onde são interpretados como sons.


Primeira paciente a receber implante coclear bilateral simultâneo no Rio Grande do Sul




Fonte: Zero Hora - reportagem de Larissa Roso
Em uma sala de espera do Hospital Santa Clara, na Capital, a dona de casa Vera Lucia Ferreira de Lima, 40 anos, deliciava-se com uma dúvida: que palavras gostaria que a filha ouvisse aoabandonar a surdez total? Entre tantos apelidos afetuosos, “amor”, “amor de mãe”, “coração” ou “tuti”?  Primeira paciente a receber um implante coclear bilateral simultâneo no Rio Grande do Sul, Francielly, aos dois anos e meio, escutou a voz e o choro dos pais na quarta-feira pela manhã.
Um mês depois da cirurgia que permitiu a colocação dos dispositivos eletrônicos a partir de incisões atrás das orelhas, a família de Uruguaiana voltou a Porto Alegre para a ativação do implante. A fonoaudióloga Márcia Kimura, vinda de São Paulo especialmente para esse procedimento, programou os eletrodos para funcionar, observada por uma atenta equipe do Ambulatório de Otorrinolaringologia. Recepcionou Francielly com um coala de pelúcia usando dois aparelhos auditivos.
— Que lindo o seu “papapá” novo. Você viu o “papapá” do coala? Igual ao seu — comentou Márcia, batizando com uma alcunha mais simpática o processador de som.
Há crianças que choram ou se inquietam quando o implante coclear é acionado – para quem vive no silêncio completo, o contato inicial com os sons pode parecer assustador. Ao ouvir os ruídos de teste emitidos por um programa de computador, Francielly, que tem uma deficiência auditiva profunda diagnosticada nos primeiros meses, levou a mão imediatamente ao ouvido esquerdo. Logo cobriu o rosto com as duas mãos, a boca aberta em um biquinho, como se demonstrasse o espanto provocado pela novidade.
— Está ouvindo? — perguntou o pai, o militar aposentado Nilton Sertório Garcia Escobar, 59 anos, em lágrimas, segurando-a no colo.
Francielly apontava com o dedo o próprio ouvido
Márcia avisou que o microfone passaria a captar os sons do ambiente. Olhou para Vera, sinalizando que chegava o momento que a mãe aguardara em ansiosa expectativa.
— Oi, coração — saudou Vera, tirando fotos.
Francielly traduziu o estranhamento em tranquilidade. Apontava com o dedo o próprio ouvido, depois o ouvido do pai, fazia “sim” movimentando a cabeça, respirava fundo. Segundo a fonoaudióloga, mesmo se tornando agora capaz de escutar, ela ainda não consegue fazer a associação entre as palavras e os seus significados – terá que aprender, como qualquer criança, a dar nome aos objetos e às pessoas que a cercam.
— Hoje ela nasceu auditivamente — definiu Márcia.
A primeira suspeita de comprometimento da audição surgiu no segundo mês de vida. Vera preparava o almoço, e Francielly repousava no bebê-conforto, a pouca distância. Num descuido, a mãe deixou a tampa de uma panela de ferro cair no chão. Apesar do estrondo, a filha não esboçou qualquer reação. Seguiram-se outros episódios que aumentaram a desconfiança, como o dia em que a menina dormiu o tempo inteiro, imperturbável, durante uma festa de aniversário que teve queima de fogos de artifício.
Aos três meses, o teste da orelhinha, que deveria ter sido aplicado imediatamente após o parto, indicou alterações, e exames subsequentes comprovaram a surdez. Um dos ouvidos mantinha um resquício de audição, capaz de registrar apenas barulhos em volume altíssimo. Vera diz que a filha jamais atendeu a um chamado. Francielly chegou a usar um aparelho externo, mas, com um ano de idade, a perda já era total.
— A perspectiva de a minha filha viver em silêncio a vida inteira era terrível — conta Nilton, emocionado ao lembrar o dia em que ela, ao final do culto na igreja que frequentam, dirigiu-se até um piano e pressionou as teclas, produzindo um arremedo de canção que não conseguia captar.
Próximo passo, aulas na Turminha do Pernalonga
Durante o período de avaliações médicas e tentativas de obter a cobertura completa do plano de saúde para o implante – dos R$ 177 mil totais, Nilton terá de arcar com R$ 35 mil, parcelados em 10 anos –, a família adaptou a linguagem. O casal e os filhos dos relacionamentos anteriores de ambos desenvolveram códigos para integrar a caçula na rotina.
Há gestos para representar as atividades mais comuns: comer, beber suco, tomar banho. Francielly aperfeiçoou a gramática doméstica, indo além do be-a-bá dos sinais: mostra a palma da mão, pedindo que o interlocutor aguarde, e manda beijos ao executar alguma traquinagem que certamente receberá o olhar reprovador dos pais. Afeita ao convívio com os demais, interagindo sem constrangimento por meio de balbucios, Francielly sempre provoca a curiosidade dos adultos.
— Por que ela não fala? A minha filha fala de tudo — questionou uma mãe na pracinha, certa vez, iniciando um diálogo que se repete em outras ocasiões.
— Ela não escuta, mas ela vai escutar — respondeu Vera.
A dona de casa antecipa o próximo foco da curiosidade alheia: os acessórios que compõem a parte externa do implante coclear, visíveis sobre as orelhas e o couro cabeludo. Busca dicas de adaptação e até alguns truques em fóruns de discussão na internet, mas garante não se importar.
— Todo mundo fala e a sua filha não fala. Dói, né? Eu sei que a deficiência nunca vai deixar de existir, mas ela vai ter uma chance — comemorou a mãe.
Depois da regulagem, a família recebeu orientações sobre a manutenção do aparelho, que será retirado na hora do banho e de deitar. A próxima consulta deve ser realizada em até três meses.
— No início, orientava-se colocar o implante somente em um ouvido. Nos últimos cinco anos, os estudos mostram que as crianças têm um desenvolvimento muito melhor quando o implante é bilateral. Uma coisa é enxergar com um olho, outra é enxergar com os dois olhos — comparou Maurício Schreiner Miura, coordenador do Programa de Implante Coclear da Santa Casa. — Foi um sucesso. Ela vai ter uma vida normal — acrescentou o otorrinolaringologista que acompanha a paciente.
Antes de seguir para a rodoviária, onde o trio tomaria um ônibus para as nove horas de viagem até a Fronteira Oeste, Vera listou os planos mais imediatos para Francielly: o início das aulas na escola infantil Turminha do Pernalonga, na segunda-feira, brincadeiras no pátio com os cachorros Bidu e Lobo, sessões dos desenhos animados preferidos, com os personagens Pica-pau e Bob Esponja. Logo mais, um curso de balé, para o qual a malha rosa e a saia rodada já foram compradas – Francielly adora dançar.
— Agora ela vai ouvir música e o som dos passarinhos — disse a mãe.

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Avaliação Infantil


Avaliação Audiológica Infantil
É a observação das respostas comportamentais da criança a estímulos acústicos em uma situação controlada.
Esta avaliação não deve estar somente presa à obtenção dos limiares auditivos, deve ser um processo mais amplo onde se observa a criança, sua audição e seu comportamento frente ao mundo sonoro.
 A avaliação audiológica na criança é composta pelos seguintes testes:

  • Triagem Auditiva Neonatal - A perda auditiva pode ser prevenida ou minimizada, mas, somente se a condição for detectada nos primeiros meses de vida. Identificar a perda auditiva é tão importante que muitos hospitais realizam triagens auditivas em todos os recém-nascidos. Estes testes são rápidos e muitos bebês dormem durante sua realização. A triagem hospitalar ajuda a identificar os bebês que necessitam de avaliações auditivas - cerca de 1 entre 10 que falham na triagem terão uma perda auditiva permanente. Diagnosticar a perda auditiva o mais rápido possível significa menor atraso no aprendizado do som da voz da mãe e no aprendizado das primeiras lições importantes sobre fala e linguagem. 
  • Emissão Otoacústica - é um teste de audição objetivo e indolor realizado nos hospitais para detecção de uma possível perda auditiva. Quando um som é detectado as células ciliadas externas na cóclea respondem emitindo uma pequena resposta acústica. As EOAs detectam estes sons. Quando as emissões otoacústicas são detectadas isso significa que tudo, ou ao menos uma parte, da cóclea e da orelha média estão funcionando. 
  • BERA - ou Audiometria de Tronco Cerebral ou Potencial Evocado Auditivo também é uma triagem realizada no hospital em recém-nascidos para detectar a perda auditiva. O sistema nervoso responde enquanto o sinal elétrico se move do nervo auditivo ao córtex cerebral. Estas respostas podem ser detectadas, em um equipamento especial, na forma de ondas geradas eletricamente, similares a um eletrocardiograma (coração). Nós ouvimos com o nosso cérebro. As ondas cerebrais geradas pelo som são previsíveis em pessoas com audição normal. A triagem auditiva utilizada no equipamento do BERA apresenta na orelha do recém-nascido uma intensidade que resultará em uma onda cerebral identificável por um recém nascido com audição normal. Se não houver onda detectável, então a criança pode ter uma perda auditiva. Existem outras razões para a resposta cerebral não aparecer, e somente uma avaliação completa irá determinar se a perda auditiva é a causa. 
  • Timpanometria - é um teste que avalia o conduto auditivo e a membrana auditiva do da criança de forma rápida. Este teste envia uma pressão de ar e um som mínimo dentro da orelha da criança. Se a membrana timpânica não se mover, pode haver uma infecção ou um fluido atrás dela. Este teste pode determinar também se há alguma perfuração na membrana timpânica. Qualquer um destes achados podem indicar uma perda auditiva condutiva. Uma criança pode ter uma audição normal e mesmo assim ter problemas na orelha média. Além disso, crianças novas tendem a apresentar fluido e infecções de orelha, o que pode afetar sua audição. Crianças com perda auditiva neurossensorial permanente podem também apresentar flutuções adicionais ou perda auditiva condutiva temporária devido às condições da orelha média. 
  • Audiometria de Reforço Visual (VRA) - nesse teste os sons são apresentados através de auto-falantes ou fones e a criança (5 meses - 3 anos) é treinada a mover sua cabeça em direção ao lado (direito/esquerdo) em que o som que foi detectado. Cada vez que a criança move a recompensa (como uma luz ou um boneco que se movimenta) é ativada pelo fonoaudiólogo. Se o teste é realizado com auto-falantes a resposta da criança reflete a audição nas duas orelhas. Respostas individuais das orelhas podem ser obtidas com a utilização de fones. 
  • Audiometria de Observação Comportamental - os sons são apresentados à criança e as respostas são observadas, por exemplo, levar um susto, parar de mamar ou virar a cabeça (até 5-6 meses). Não são obtidas respostas de cada orelha individualmente. 
  • Audiometria Condicionada - é uma avaliação fácil, nos moldes de um jogo para crianças entre 3-5 anos. Os sons são apresentados através de um auto-falante ou pelo fone. A criança é treinada a colocar um bloco dentro de um balde ou empilhar anéis sempre que detectar um som. Cada orelha é testada separadamente quando o fone é utilizado. 
  • Audiometria Convencional - A maioria das crianças acima de 5 anos de idade podem responder aos sons apertando um botão ou levantando a mão. Neste exame os sons são apresentados através de fones. Cada orelha é testada individualmente.

quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Tecnologia das soluções auditivas


Existem os seguintes tipos de processamento de som:

    Analógico
    *    Nos aparelhos analógicos, o som é processado como um sinal elétrico por um microfone. Seria como fazer uma fotocópia: o som é registrado e você terá uma visão global. Mas o processo real é como recopiar uma fotocópia - que só pode ser feito até certo ponto, porque ela provoca uma deterioração da impressão original.

    Digital
    *    Em um aparelho auditivo digital o sinal acústico é transformado em dígitos (0, 1), processado, e depois reconvertido em um sinal analógico sonoro para o usuário. Um sinal digital pode ser repetido indefinidamente, sem afetar a qualidade geral. É como fazer cópias de uma imagem digitalizada: cada exemplar é uma duplicação perfeita do original.

    Comunicação sem fio - Wireless
    *    A plataforma RISE Oticon representa uma mudança no paradigma na indústria de aparelhos auditivos. Ela oferece conectividade sem fio e rápido processamento do som entre os dois aparelhos auditivos. Com a RISE os dois aparelhos auditivos se comunicam e realizam o processamento binaural, permitindo-lhes trabalhar como um processador único. Esse comportamento, como acontece com o cérebro, fornece uma perspectiva sonora mais autêntica. Além disso, a RISE permite que as pessoas se conectem a diversos dispositivos eletrônicos com Bluetooth, através da tecnologia EarStream como celulares, MP3, etc.

Tecnologia Híbrida ou Digitalmente Programável   
    *    Os aparelhos auditivos com esta tecnologia utilizam amplificação analógica e programação digital. Isso significa que o som é processado da mesmo forma que o sinal entra no aparelho (função analógica), mas as características serão ajustadas e programadas via software no computador (função digital). Essa programação fica armazenada numa memória digital contida no aparelho, e poderá ser reprogramada sempre que necessário. Essa possibilidade de programação resulta em maior precisão dos ajustes, quando comparada à tecnologia analógica, oferecendo aos usuários um melhor desempenho.



quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Cuidados com os aparelhos auditivos



Os aparelhos auditivos são peças eletrônicas de alta precisão auxiliam na percepção e reconhecimento dos sons, trazendo maior conforto e tranqüilidade em diversas situações do cotidiano e no convívio com as pessoas. Por esses motivos é importante tratar cuidadosamente do mesmo.

Para aumentar a vida útil do seu aparelho, tenha sempre em mente os cuidados abaixo:

 - Tire o aparelho para dormir. Quando não estiver usando, guarde- o em um local isolado, sempre com a gaveta de pilha aberta, evitando desgastes. Preferencialmente, mantenha- o em um compartimento desumidificador, contendo esferas de sílica gel. Mantenha- o fora do alcance de crianças e animais domésticos.
- A limpeza deve ser feita diariamente com papel ou pano seco. Nunca utilize água ou álcool para limpá-lo.
- Nunca molhe o aparelho. Tire- o para ir à praia, tomar banho, pegar chuva... cuidado também com a umidade. Perfumes, laquê, e a própria umidade do banheiro, são extremamente prejudiciais.
- Não deixe de realizar as revisões periódicas do aparelho, que detectam problemas às vezes ainda em seu estágios iniciais.
- Não deixe de procurar o profissional que o acompanha, pois este estará sempre à disposição para tirar dúvidas, resolver problemas e adaptar o aparelho para o seu maior conforto.
- Tente sempre retirar e colocar o aparelho sentado na cama, para evitar danos no caso de eventuais quedas.

Tomando estes cuidados, a durabilidade de seu aparelho vai ser muito maior, para que você aproveite todos os sons que desejar!

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

MP3 Players e perdas auditivas



O hábito cada vez mais comum, principalmente entre jovens, de ouvir música em tocadores de MP3 e celulares com o uso de fones de ouvido por longos períodos e volume alto já causa reflexos em consultórios e clínicas médicas: casos freqüentes de pacientes com problemas de audição. Apesar de pequenos, alguns desses aparelhos são capazes de produzir um volume máximo equivalente ao de uma britadeira, algo em torno de 120 decibéis (dB). A legislação brasileira, por exemplo, permite que um operário permaneça só sete minutos por dia exposto, sem proteção auricular, a sons acima de 115 decibéis.
Um dos primeiros sinais de problemas de audição é o aparecimento do "zumbido", ou seja, um ruído contínuo que parece um chiado. Imagine, por exemplo, uma emissora de televisão fora do ar. O problema pode ser agravado pelos barulhos do dia-a-dia, como trânsito intenso, construção civil e até mesmo músicas com volume alto em festas.

Esse crescimento de jovens que buscam atendimento já se reflete em números no Grupo de Apoio a Pessoas com Zumbido, da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP). Nos últimos cinco anos, houve um aumento de 20% no número de jovens com menos de 20 anos atendidos pelo serviço.

"No início do nosso trabalho nenhum jovem procurava o ambulatório", afirma Tanit Sanchez, livre-docente da USP e responsável pelo serviço. Atualmente, 311 pessoas estão cadastradas no ambulatório com problemas causados por exposição a ruído. Dessas, 18 são adolescentes.

A pesquisadora ressalva que não é possível dizer quanto desse aumento pode ser atribuído aos tocadores de MP3 e dispositivos similares. Mas afirma que lugares barulhentos, como shows e festas, podem contribuir. Segundo Tanit, a exposição contínua a sons intensos é responsável pelo zumbido em cerca de 35% das pessoas que procuram o ambulatório.

CAPACIDADE
Testes feitos em walkmans e tocadores de MP3 mostraram que todos são capazes de reproduzir música acima dos 100 decibéis, segundo estudo da Associação Americana de Fala, Linguagem e Audição (Asha, na sigla em inglês), realizado em 2006.
Iêda Russo, fonoaudióloga e professora da PUC-SP e da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, afirma que a exposição prolongada a um som com intensidade superior a 90 decibéis pode prejudicar a audição. Trabalhando há 35 anos na área, ela diz que houve uma mudança significativa na saúde auditiva dos jovens na última década.
Segundo a fonoaudióloga, a exposição dos adolescentes a sons e ruídos cada vez mais intensos e por períodos prolongados levou a uma redução da sensibilidade auditiva. Ou seja, antes, não era raro encontrar um universitário que, em um exame, era capaz de perceber sons abaixo do limiar médio de audição do ser humano (0 decibel). O vento nas folhas, por exemplo, tem 10 decibéis. Atualmente, na média, os jovens começam a detectar nos testes sons acima de 10 ou 20 decibéis. Embora 20 decibéis seja um valor aceitável, a fonoaudióloga considera significativa a redução da acuidade auditiva.
"Sei que música alta pode fazer mal para os ouvidos, mas às vezes gosto de ouvir com volume elevado", diz Thiago Murakame, de 15 anos, que usa o fone de ouvido até quando está em casa. Já Daniela Mincis, de 15 anos, diz que programa um horário para seu tocador de MP3 desligar sozinho porque tem o hábito de dormir ouvindo música.

PREVENÇÃO
Iêda deixa claro que não é contra a utilização desses aparelhos, mas afirma que é preciso ensinar os jovens a tomar cuidado. A fonoaudióloga lembra que a audição não serve só para comunicação: também é importante para apreender o que acontece fora do campo de visão. "Ter um dos ouvidos disponíveis para o ambiente previne acidentes", diz ela, ao comentar o costume de alguns jovens de deixar um dos fones fora do ouvido.
Iêda sugere que adolescentes ouçam música na metade do volume dos aparelhos - de modo que os amigos ao redor não possam escutar o som. Eleita este ano para a presidência da Sociedade Internacional de Audiologia, ela pretende sugerir aos fabricantes de tocadores de MP3 que diminuam o volume máximo dos aparelhos. Tanit concorda: "Eles não precisam alcançar 120 decibéis."
A idéia de Iêda será proposta no próximo congresso da sociedade, em 2009. Ela conta com o apoio de outros diretores da instituição. "Há grupos de pesquisa na Alemanha e no Canadá preocupados com o impacto", aponta.
O projeto teve precedente. Influenciada pela pesquisa da Asha, a Apple lançou em 2007 um software para que seus clientes pudessem regular o volume máximo do iPod. Renata Mello, de 15 anos, gosta de música alta, mas, consciente dos riscos, usa o recurso no seu aparelho.
Iêda não ignora que muitos tocadores são produzidos em países onde não há controle de qualidade. "Por isso, nada substitui a conscientização dos jovens."


Fonte: Estadão

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Promoções!!!

Não perca essa oportunidade!!!
Seu aparelho usado vale R$ 1000,00 na troca
Parcele em até 12X no cheque com primeira para Março de 2013
2 Anos de baterias GRÁTIS

CARTELA DE BATERIAS POR R$ 6,99





segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Nossos produtos


Aura Aparelhos Auditivos certamente tem o que você precisa. Comercializamos produtos da marca Dinamarquesa Oticon, com qualidade e tecnologia avançadas, aliadas a preços acessíveis e condições muito especiais. Temos certeza de que voltar a ouvir todos os sons à sua volta será muito fácil, prazeroso e possível - este é o nosso compromisso. Para conhecer mais sobre cada um dos produtos de nosso portfólio, clique nas fotos e informações abaixo.
Hit
É o aparelho que dará novo tratamento a sua audição.

Delta
O design fantástico do Delta e o seu tamanho fenomenalmente pequeno muda para sempre as percepções...

Go
É uma opção em aparelhos auditivos que traz todos os benefícios da tecnologia digital para o cuidado auditivo 

Sumo XP
Significa "Saída Máxima Super Potente". A tecnologia inovadora faz dele uma solução de amplificação ideal para pessoas como você...

Swift
O Swift é um aparelho que oferece um alto padrão individualizado, a um preço acessível. 

A Aura



Venha nos fazer uma visita.
Estamos localizados na Rua Santa Clara 70 Sala 202 - Copacabana - Rio de Janeiro
Tel: 21,3208-1914

Ligue e agende sua visita.


quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

O desabafo de uma deficiente auditiva


Um desabafo: a surdez também me entristece

Por Paula Pfeifer do blog Cronicas da surdez

Sempre busquei fazer do Crônicas um espaço no qual não fosse permitido que a gente desabasse se lamentando. E esses dias fiquei pensando nesse assunto. Percebi que nunca escrevi um post-lamentação, e pode ser que, em função disso, às vezes eu passe a impressão errada. Não sou nenhum robô sem sentimentos que não se afeta com a deficiência auditiva. Muito pelo contrário. Às vezes (e não são poucas hein) o fato de não ouvir me enerva num grau tão tremendo que, pra não estourar a cabeça, desligo os AASI e me refugio no silêncio. Não passo 24 horas por dia pensando nesse assunto, não tenho vontade nem paciência de ‘viver’ a deficiência auditiva (tem coisa mais chata do que gente que SÓ fala nisso) e vivo um dia de cada vez. Só que, de vez em quando, parece que a vida vem e me dá um soco na cara como se quisesse me mandar um recadinho. “Você não escuta!!”.

Há algo que me entristece horrores, e quem também possui deficiência auditiva progressiva vai se identificar comigo. É a perda gradual e quase imperceptível da minha capacidade de ouvir muitas coisas que no passado eu ouvia sem esforço. Quando estou ao lado de um aspirador lembro que até alguns anos atrás o som daquilo (isso sem usar AASI) me deixava louca. Hoje, sem aparelho auditivo, um aspirador de pó e uma parede estão na mesma categoria silenciosa pra mim. Desesperador mesmo é ir ‘perdendo’ as vozes das pessoas que amo. Embora meu cérebro me engane enquanto faço leitura labial com aquela memória auditiva ‘fantasma’, sem AASI hoje nem mesmo a voz do meu irmão ouço mais. Pensar nesse fato é algo que evito com toda a força possível fazer porque, convenhamos, é muito deprimente. E há também aquela sensação de um certo distanciamento das pessoas que, antigamente, eram iguais a mim. Sinto como se quem ouve tivesse virado um ET - já não vivenciamos as mesmas coisas. É difícil encontrar pessoas com as quais eu queira estar, e cada vez mais me sinto confortável com aquelas que já me conhecem há milênios. Vou perdendo bastante a paciência de ficar explicando as 1001 diferenças que tenho com qualquer pessoa nova. Solidão ligou e mandou lembranças… 

Acho que desenvolvi um mecanismo de defesa louco, porque automaticamente me proíbo de afundar. E isso é algo que quem convive com a deficiência auditiva tem que cuidar, prestar atenção – afinal, é facílimo se render para a melancolia e o desatino emocional que vêm junto com o silêncio. Tenho tanto caminho a trilhar ainda…não faço nem idéia de quanto tempo mais meus aparelhos auditivos vão me ajudar. Depois disso vou ter que passar pela saga do implante coclear, duas cirurgias (vou querer bilateral, claaaro), adaptação a um novo modo de ouvir. Tanta coisa!! Por isso acho mais saudável deixar a tristeza passageira de lado e focar no agora, no hoje. Ficar antecipando desgraça não dá, né gente?

Não conheço experiência mais solitária do que a surdez. É realmente fácil entrar em depressão e construir um muro das lamentações. E é bizarro perceber que é uma vivência TÃO eu-comigo-mesma que nem adianta tentar chorar as pitangas para as pessoas próximas: elas ouvem e não fazem a mínima idéia do que é ser privado disso. Por isso que gosto de puxar meu foco sempre pro lado contrário. Posso não ouvir mais $#@*& nenhuma hoje em dia com minhas ricas orelhinhas, mas GRAÇAS A DEUS pela tecnologia que me traz de volta ao mundo dos sons. Só não sente falta quem nunca esteve nele; só considera a falta de audição uma mera ‘diferença cultural’ quem nunca teve o prazer de usufruir desse sentido.

PS: vocês viram que o Canal Sony agora passa a série Switched at Birth todo domingo às 11 da manhã? Legendada, ufa! Imaginem uma série metade baseada numa personagem surda dublada, aí seria caso de polícia!